Diferenças entre edições de "Notas de apoio às aulas teóricas"
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Revisão das 18h15min de 23 de janeiro de 2025
Derivadas parciais
Quando uma função depende de mais do que uma variável, é possível calcular a sua derivada segundo cada uma dessas variáveis. Por exemplo, uma função f≡f(x,y)
- Derivada parcial segundo x:∂f∂x
- Derivada parcial segundo y:∂f∂y
Para calcular cada uma das derivadas parciais, tratam-se as outras variáveis como se fossem uma constante. Note que as derivadas parciais são assinaladas com o símbolo ∂
Exemplos:
- f(x,y)=x3y2⟹∂f∂x=3x2y2,∂f∂y=2x3y
- f(x,y)=e−ysin(x)⟹∂f∂x=e−ycos(x),∂f∂y=−e−ysin(x)
Resolução de equações diferenciais lineares do primeiro grau
Este tipo de equações aparece, por exemplo, em situações em que uma força (tipicamente o atrito) é proporcional à velocidade, tais como a queda de uma gotícula de óleo na Experiência de Millikan. A equação envolve a primeira derivada, um termo linear e um termo constante, e podemos escrever a seguinte expressão genérica:
adfdt=b−cf
em que f≡f(t)
Para resolver esta equação, vamos recorrer a uma função auxiliar g(t)
g(t)=f(t)−bc
Se derivarmos esta igualdade verificamos que as derivadas de ambas as funções são iguais:
dgdt=dfdt
Inserindo estas duas igualdades na primeira equação, podemos escrevê-la na forma:
adgdt=c(bc−f(t))=−cg(t)
⟹dgdt=−cag(t)
A última igualdade apresenta-nos então a questão: qual a função cuja derivada é igual à própria função, multiplicada por uma constante? Não é difícil concluir que é a função exponencial, mais concretamente:
g(t)=Ae−cat
é a solução daquela equação, em que A
f(t)=g(t)+bc=Ae−cat+bc
Para determinar o valor de A
f(0)≡f0=A+bc⟹A=f0−bc
Resolução de equações diferenciais lineares do segundo grau
Este tipo de equações aparece frequentemente em sistemas oscilatórios, como o oscilador harmónico (livre ou com atrito), que descreve o comportamento de sistemas físicos como o pêndulo (no limite de pequenas oscilações) ou o sistema massa-mola. Na ausência de atrito e de outras forças não conservativas, a equação envolve a segunda derivada e um termo linear do tipo
ad2fdt2+bf=0
em que f≡f(t)
d2fdt2=−baf
Podemos exprimir a questão desta forma: qual a função (ou funções) cuja segunda derivada é igual à primeira, multiplicada por uma constante negativa? É fácil verificar que há duas soluções possíveis: as funções seno e cosseno, ou seja, genericamente f(t)
f(t)=Asin(√bat)+Bcos(√bat)
onde A
Vamos verificar que esta expressão é, de facto, a solução da equação diferencial acima. Para simplificar a escrita, definimos ω0=√ba
f(t)=Asin(ω0t)+Bcos(ω0t)
A solução geral pode também ser escrita como:
f(t)=A0sin(ω0t+ϕ0)
\noindent onde A0
Exemplos
Para o pêndulo e o sistema massa-mola, temos os seguintes parâmetros:
Pêndulo | Massa-mola | |
---|---|---|
Equação diferencial | ¨θ=−gℓθ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() |
¨x=−kmx![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() |
Função f(t)![]() ![]() ![]() ![]() |
Ângulo θ(t)![]() ![]() ![]() ![]() |
Posição x(t)![]() ![]() ![]() ![]() |
¨f![]() ![]() |
Acel. angular α(t)=¨θ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() |
Aceleração a(t)=¨x![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() |
a![]() |
ℓ![]() |
m![]() |
b![]() |
g![]() |
k![]() |
A0![]() ![]() |
Amplitude máxima θ0![]() ![]() |
Amplitude máxima A0![]() ![]() |
ϕ0![]() ![]() |
(fase inicial) | (fase inicial) |
ω0![]() ![]() |
√g/ℓ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() |
√k/m![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() |