Diferenças entre edições de "Óptica geométrica e lentes"
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Uma das principais aplicações da óptica geométrica consiste no estudo da formação de imagens: dado um ''objecto'' numa dada posição, como desenhar um sistema óptico que permita transferir uma ''imagem'' desse objecto para uma posição diferente? É um problema que tem aplicações desde o olho humano até ao desenho de lentes e fibras ópticas. | Uma das principais aplicações da óptica geométrica consiste no estudo da formação de imagens: dado um ''objecto'' numa dada posição, como desenhar um sistema óptico que permita transferir uma ''imagem'' desse objecto para uma posição diferente? É um problema que tem aplicações desde o olho humano até ao desenho de lentes e fibras ópticas. | ||
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Neste documento apresentamos uma introdução à elaboração de construções geométricas usando lentes delgadas. | Neste documento apresentamos uma introdução à elaboração de construções geométricas usando lentes delgadas. | ||
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[[file:OG-definicoes.png|thumb|upright=0.5 | Fig. 4 - Definições utilizadas.]] | [[file:OG-definicoes.png|thumb|upright=0.5 | Fig. 4 - Definições utilizadas.]] | ||
Utilizaremos as duas seguintes aproximações comuns, que facilitam grandemente os cálculos a efectuar: | Utilizaremos as duas seguintes aproximações comuns, que facilitam grandemente os cálculos a efectuar: | ||
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A Fig. 4 ilustra a geometria relevante para estas definições, sendo f a distância focal, d≪f a espessura da lente delgada e α o ângulo entre o raio e o eixo óptico. | A Fig. 4 ilustra a geometria relevante para estas definições, sendo f a distância focal, d≪f a espessura da lente delgada e α o ângulo entre o raio e o eixo óptico. | ||
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[[file:OG-convencoes.png|thumb|upright=1.0 |Fig. 5 - Convenções utilizadas para formação de imagens por lentes.]] | [[file:OG-convencoes.png|thumb|upright=1.0 |Fig. 5 - Convenções utilizadas para formação de imagens por lentes.]] | ||
A Fig. 5 ilustra os principais parâmetros do traçado de raios através de uma lente simples. | A Fig. 5 ilustra os principais parâmetros do traçado de raios através de uma lente simples. | ||
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De seguida, vamos analisar a formação de imagens para lentes convergentes (f>0) e divergentes (f<0) em função da posição relativa do objecto e do foco da lente, e derivar relações úteis para lentes delgadas. | De seguida, vamos analisar a formação de imagens para lentes convergentes (f>0) e divergentes (f<0) em função da posição relativa do objecto e do foco da lente, e derivar relações úteis para lentes delgadas. | ||
− | + | =Objecto e imagem: focos conjugados e ampliação transversal= | |
Considere de novo a Fig. 5. Cada ponto do objecto em dO tem um único ponto correspondente na imagem em dI. Isto implica que, caso colocássemos o objecto em dI, a imagem seria formada em dO. Chama-se a estas posições ''focos conjugados''. | Considere de novo a Fig. 5. Cada ponto do objecto em dO tem um único ponto correspondente na imagem em dI. Isto implica que, caso colocássemos o objecto em dI, a imagem seria formada em dO. Chama-se a estas posições ''focos conjugados''. | ||
Pela semelhança de triângulos, temos as seguintes relações entre as dimensões do objecto e da imagem: | Pela semelhança de triângulos, temos as seguintes relações entre as dimensões do objecto e da imagem: | ||
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Como exemplo, temos no caso da Fig. 5: dO>f→A>0;dI>0. A imagem resultante é ‘’real’’ e ‘’invertida’’. | Como exemplo, temos no caso da Fig. 5: dO>f→A>0;dI>0. A imagem resultante é ‘’real’’ e ‘’invertida’’. | ||
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Este caso verifica-se para dO>f, a imagem é real é pode ser projectada. A imagem é menor (A<1) que o objecto se dO>2f ou maior (A>1) se 2f>dO>0. Um exemplo do primeiro caso é uma máquina fotográfica: a imagem é posicionada no sensor da câmara, e é (tipicamente) menor que o objecto fotografado. Verifica-se 0<A≤1 pois | Este caso verifica-se para dO>f, a imagem é real é pode ser projectada. A imagem é menor (A<1) que o objecto se dO>2f ou maior (A>1) se 2f>dO>0. Um exemplo do primeiro caso é uma máquina fotográfica: a imagem é posicionada no sensor da câmara, e é (tipicamente) menor que o objecto fotografado. Verifica-se 0<A≤1 pois | ||
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[[file:OG-convvirt0.png|thumb|upright=1.0 |Fig. 6 - Formação de imagem virtual com uma lente convergente.]] | [[file:OG-convvirt0.png|thumb|upright=1.0 |Fig. 6 - Formação de imagem virtual com uma lente convergente.]] | ||
Este caso verifica-se quando dO<f, por exemplo quando utilizamos uma lupa para ver objectos com um tamanho aumentado, e está esquematizada na Fig. 6. Dependendo da posição dO, verificam-se as seguintes relações | Este caso verifica-se quando dO<f, por exemplo quando utilizamos uma lupa para ver objectos com um tamanho aumentado, e está esquematizada na Fig. 6. Dependendo da posição dO, verificam-se as seguintes relações | ||
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Repare-se que resulta dI<0 (a imagem está do mesmo lado que o objecto) e A<0 pelo que a imagem é (''i'') virtual e (''ii'') direita, para um observador colocado à direita da lente. | Repare-se que resulta dI<0 (a imagem está do mesmo lado que o objecto) e A<0 pelo que a imagem é (''i'') virtual e (''ii'') direita, para um observador colocado à direita da lente. | ||
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[[file:OG-divvirt.png|thumb|upright=1.0 |Fig. 7 - Formação de imagem virtual com uma lente divergente.]] | [[file:OG-divvirt.png|thumb|upright=1.0 |Fig. 7 - Formação de imagem virtual com uma lente divergente.]] | ||
[[file:OG-Ray-diagrams-types-lenses-length.png|thumb|upright=0.5 |Fig. 8 - Tabela resumo para lentes convergentes e divergentes.]] | [[file:OG-Ray-diagrams-types-lenses-length.png|thumb|upright=0.5 |Fig. 8 - Tabela resumo para lentes convergentes e divergentes.]] | ||
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A Fig. 8 apresenta uma tabela resumo de todas as situações analisadas acima. | A Fig. 8 apresenta uma tabela resumo de todas as situações analisadas acima. | ||
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Em determinadas situações, podemos lidar com ''objectos virtuais'' (dO<0), isto é, os raios ópticos têm origem não num objecto sólido, mas num plano do espaço, e estamos interessados em estudar a sua propagação a partir desse plano e a formação da imagem correspondente. Um exemplo típico consiste em estudar a formação da imagem de uma imagem primária. Nestes casos, o objecto virtual é identificado a tracejado no diagrama de raios, como ilustrado nos exemplos em baixo. | Em determinadas situações, podemos lidar com ''objectos virtuais'' (dO<0), isto é, os raios ópticos têm origem não num objecto sólido, mas num plano do espaço, e estamos interessados em estudar a sua propagação a partir desse plano e a formação da imagem correspondente. Um exemplo típico consiste em estudar a formação da imagem de uma imagem primária. Nestes casos, o objecto virtual é identificado a tracejado no diagrama de raios, como ilustrado nos exemplos em baixo. | ||
− | + | ==Lente convergente f>0== | |
[[file:OG-convvirt.png|thumb|upright=1.0 |Fig. 9 - Lente convergente com objecto virtual e imagem real.]] | [[file:OG-convvirt.png|thumb|upright=1.0 |Fig. 9 - Lente convergente com objecto virtual e imagem real.]] | ||
A Fig. 9 representa um objecto virtual (dO<0, à direita da lente) e a correspondente imagem. A imagem resultante é real (dI>0, também à direita) e direita (A<0), verificando-se | A Fig. 9 representa um objecto virtual (dO<0, à direita da lente) e a correspondente imagem. A imagem resultante é real (dI>0, também à direita) e direita (A<0), verificando-se | ||
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− | + | ==Lente divergente f<0 - Imagem virtual== | |
[[file:OG-divvirtvirt.png|thumb|upright=1.0 |Fig. 10 - Lente divergente com objecto virtual e imagem virtual.]] | [[file:OG-divvirtvirt.png|thumb|upright=1.0 |Fig. 10 - Lente divergente com objecto virtual e imagem virtual.]] | ||
A Fig. 10 representa um objecto virtual (dO<0, à direita da lente) para uma lente divergente (f<0) e a correspondente imagem. Na situação da figura, o objecto está à direita do foco FO: |dO|>|f|. Verifica-se assim: | A Fig. 10 representa um objecto virtual (dO<0, à direita da lente) para uma lente divergente (f<0) e a correspondente imagem. Na situação da figura, o objecto está à direita do foco FO: |dO|>|f|. Verifica-se assim: | ||
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[[file:OG-divvirtreal.png|thumb|upright=1.0 |Fig. 11 - Lente divergente com objecto virtual e imagem real.]] | [[file:OG-divvirtreal.png|thumb|upright=1.0 |Fig. 11 - Lente divergente com objecto virtual e imagem real.]] | ||
A Fig. 11 representa um objecto virtual (dO<0, à direita da lente) para uma lente divergente (f<0) e a correspondente imagem. Na situação da figura, o objecto está à esquerda do foco FO: |dO|<|f|. Verifica-se assim: | A Fig. 11 representa um objecto virtual (dO<0, à direita da lente) para uma lente divergente (f<0) e a correspondente imagem. Na situação da figura, o objecto está à esquerda do foco FO: |dO|<|f|. Verifica-se assim: |
Revisão das 14h15min de 30 de janeiro de 2025
Uma das principais aplicações da óptica geométrica consiste no estudo da formação de imagens: dado um objecto numa dada posição, como desenhar um sistema óptico que permita transferir uma imagem desse objecto para uma posição diferente? É um problema que tem aplicações desde o olho humano até ao desenho de lentes e fibras ópticas.
Uma lente é um dos principais elementos usados em sistemas ópticos, e consiste tipicamente num sólido transparente com duas superfícies esféricas. Dependendo da curvatura destas superfícies, uma lente pode ser usada para aumentar ou diminuir o tamanho de um objecto, ou trazê-los objectos distantes para o ponto focal. As lentes são usadas por exemplo em óculos, câmaras, microscópios, telescópios e muitos outros sistemas de formação de imagem.
Um objecto iluminado uniformemente é considerado como uma fonte de raios, emitidos em todas as direcções. Podemos escolher um ponto no objecto e um conjunto adequado de raios, e traçar o seu percurso através do sistema até encontrar o correspondente ponto na imagem. Por convenção, desenha-se o sistema óptico em torno de um eixo, que coincide com o seu eixo geométrico, e os raios propagam-se da esquerda para a direita.
Neste documento apresentamos uma introdução à elaboração de construções geométricas usando lentes delgadas.
Aproximações
Utilizaremos as duas seguintes aproximações comuns, que facilitam grandemente os cálculos a efectuar:
Lentes delgadas | Uma lente é considerada ‘’delgada’’ quando a sua espessura d é desprezável face à sua distância focal f. |
Aproximação paraxial | Admitimos que todos os raios envolvidos são paraxiais, isto é, (i) situam-se próximo do eixo óptico e (ii) o ângulo α que fazem com esse eixo permite utilizar as aproximações sinα≈α e tanα≈α, tipicamente válidas para α≲5∘. |
A Fig. 4 ilustra a geometria relevante para estas definições, sendo f a distância focal, d≪f a espessura da lente delgada e α o ângulo entre o raio e o eixo óptico.
Convenções
A Fig. 5 ilustra os principais parâmetros do traçado de raios através de uma lente simples.
- O objecto AB fica (por definição) do lado esquerdo da lente, a uma distância dO>0 desta; caso o objecto esteja do lado direito, temos dO<0 (que é o caso do objecto virtual abordado mais à frente)
- A imagem A′B′ está do lado direito da lente, a uma distância dI>0 desta; caso a imagem esteja do lado esquerdo, temos dI<0
- F0 é a distância focal do lado do objecto, FI é a distância focal do lado da imagem. No caso de uma lente fina, ambas são iguais a f, e marcam-se para auxiliar no traçado.
O raios ópticos que emergem de um dado objecto atravessam a lente e dão origem a uma imagem. A tabela em baixo descreve as propriedades dos dois tipos de imagens possíveis.
Imagens reais | Os raios de luz passam de facto na posição da imagem, isto é, raios que saem do plano do objecto convergem no plano da imagem
Podem ser projectadas num alvo |
Imagens virtuais | Os raios não passam na imagem, mas esta é visível através da lente
Não podem ser projectadas num alvo |
As imagens reais são, por exemplo, as criadas por um dispositivo de projecção. Um exemplo de imagem virtual é considerar a imagem de uma lâmpada brilhante: ao passar a mão pelo plano da imagem, se estar for real sente-se o calor, mas se for virtual parecerá apenas "flutuar" no espaço.
De seguida, vamos analisar a formação de imagens para lentes convergentes (f>0) e divergentes (f<0) em função da posição relativa do objecto e do foco da lente, e derivar relações úteis para lentes delgadas.
Objecto e imagem: focos conjugados e ampliação transversal
Considere de novo a Fig. 5. Cada ponto do objecto em dO tem um único ponto correspondente na imagem em dI. Isto implica que, caso colocássemos o objecto em dI, a imagem seria formada em dO. Chama-se a estas posições focos conjugados. Pela semelhança de triângulos, temos as seguintes relações entre as dimensões do objecto e da imagem:
ΔABFO∼ΔODFO→AB/A′B′=AFO/FO0→AB/A′B′=dO−ffΔABO∼ΔA′B′O→AB/A′B′=AO/OA′→AB/A′B′=dO/dIΔCOFI∼ΔA′B′FI→AB/A′B′=OFI/FIA′→AB/A′B′=fdI−f
Combinando a primeira e a última das expressões acima obtemos a equação dos focos conjugados:
1f=1dO+1dI |
Uma forma alternativa e muitas vezes conveniente de exprimir esta relação consiste em utilizar as distâncias do objecto e da imagem aos respectivos focos. Designando estas distâncias por xO=AFO e xI=A′FI, tem-se dO=f+xO e dI=f+xI. Substituindo na expressão acima, obtém-se a chamada formulação de Newton para a equação dos focos conjugados:
xOxI=f2 |
Por outro lado, sendo AB e A′B′respectivamente as dimensões lineares transversais do objecto e da imagem, usamos a segunda das igualdades acima para definir a ‘’ampliação transversal’’ A como:
A=A′B′AB=dIdO |
A imagem é ‘’direita’’ se A<0 e ‘’invertida’’ se A>0. Podemos usar estas duas equações para, dados fe dO, determinar as seguintes expressões para a posição da imagem dIe a respectiva ampliação A:
A=1dOf−1dI=dOA
Como exemplo, temos no caso da Fig. 5: dO>f→A>0;dI>0. A imagem resultante é ‘’real’’ e ‘’invertida’’.
Lente convergente (f>0)
Imagem real
Este caso verifica-se para dO>f, a imagem é real é pode ser projectada. A imagem é menor (A<1) que o objecto se dO>2f ou maior (A>1) se 2f>dO>0. Um exemplo do primeiro caso é uma máquina fotográfica: a imagem é posicionada no sensor da câmara, e é (tipicamente) menor que o objecto fotografado. Verifica-se 0<A≤1 pois
∞>dO≥2f→f<dI≤2f→0<A≤1
Um exemplo do segundo caso é um projetor de cinema ou de imagem de computador: a imagem é posicionada num écran, e é maior que o objecto (película ou chip). Verifica-se 1≤A<∞ pois
f<dO≤2f→∞>dI≥2f→∞>A≥1
Imagem virtual
Este caso verifica-se quando dO<f, por exemplo quando utilizamos uma lupa para ver objectos com um tamanho aumentado, e está esquematizada na Fig. 6. Dependendo da posição dO, verificam-se as seguintes relações
0<dO≤f20>dI≥−f−1>A≥−2f2≤dO<f−f≥dI>−∞−2>A>−∞
Repare-se que resulta dI<0 (a imagem está do mesmo lado que o objecto) e A<0 pelo que a imagem é (i) virtual e (ii) direita, para um observador colocado à direita da lente.
Lente divergente (f<0)
Considere-se a situação representada na Fig. 7, que mostra uma lente divergente (f<0) e um objecto AB (dO>0). Note-se que, no caso da lente divergente, os pontos FOe FI trocam de posição. Nesta configuração a imagem resultante A′B′ é sempre virtual e direita com dI<0 (imagem do mesmo lado do objeto), pois
f<0;dO>0→A<0;dI<0
Podemos verificar que a equação dos focos conjugados se mantém válida neste caso, recorrendo à semelhança de triângulos:
ΔABO∼ΔA′B′O→AB/A′B′=d0dI→−∞<A<0ΔABF0∼ΔODFO→d0+|f||f|=AB/A′B′→d0+|f||f|=d0dIΔFIOC∼ΔFIA′B′→|f||f|−|dI|=AB/A′B′→|f||f|−|dI|=d0|dI|
Nestas expressões, que descrevem distâncias, foi necessário utilizar os valores em módulo de f e de dI, que são ambos negativos. Fazendo agora as substituições |f|→−f e |dI|→−dI recupera-se a equação dos focos conjugados.
A Fig. 8 apresenta uma tabela resumo de todas as situações analisadas acima.
Objectos virtuais
Em determinadas situações, podemos lidar com objectos virtuais (dO<0), isto é, os raios ópticos têm origem não num objecto sólido, mas num plano do espaço, e estamos interessados em estudar a sua propagação a partir desse plano e a formação da imagem correspondente. Um exemplo típico consiste em estudar a formação da imagem de uma imagem primária. Nestes casos, o objecto virtual é identificado a tracejado no diagrama de raios, como ilustrado nos exemplos em baixo.
Lente convergente f>0
A Fig. 9 representa um objecto virtual (dO<0, à direita da lente) e a correspondente imagem. A imagem resultante é real (dI>0, também à direita) e direita (A<0), verificando-se
dO<0;f>0→A<0dI−|dO|=f−|dO|−f
Lente divergente f<0 - Imagem virtual
A Fig. 10 representa um objecto virtual (dO<0, à direita da lente) para uma lente divergente (f<0) e a correspondente imagem. Na situação da figura, o objecto está à direita do foco FO: |dO|>|f|. Verifica-se assim:
dO<0f<0dI|dO|=|f||dO|−|f|
A imagem resultante é também virtual dI<0, à esquerda da lente) e invertida (A>0), verificando-se as seguintes relações em função da distância:
|dO|={|dO|=|f|:|dI|→∞,A→∞,|f|<|dO|<2|f|:|dI|>|dO|,A>1,|dO|=2|f|:|dI|=|dO|,A=1,|dO|>2|f|:|dI|<|dO|,0<A<1.
Lente divergente f>0 - Imagem real
A Fig. 11 representa um objecto virtual (dO<0, à direita da lente) para uma lente divergente (f<0) e a correspondente imagem. Na situação da figura, o objecto está à esquerda do foco FO: |dO|<|f|. Verifica-se assim:
dO<0f<0dI|dO|=|f||f|−|dO|→A=dIdO=fdO−f<0
A imagem resultante é agora real (dI>0, à direita da lente) e direita (A<0), verificando-se as seguintes relações em função da distância:
|dO|={|dO|→|f|:|dI|→∞,A→−∞,|dO|=|f|/2:|dI|=f,A=−2,|dO|=0:|dI|=0,A=−1.