Óptica Geométrica
Construções geométricas em lentes delgadas
Objectivos do trabalho
Pretende-se estudar vários aspectos da luz do ponto de vista da óptica geométrica, tais como a reflexão e refracção entre meios, a polarização, lentes delgadas e associações de lentes. Iremos estudar a formação de imagens reais e virtuais, verificar como estas dependem das distâncias envolvidas no sistema óptico, e testar um microscópio composto.
Conceitos fundamentais
Traçado de raios
A óptica geométrica, ou óptica de raios, é uma abordagem que consiste em descrever a propagação da luz através de raios. Um raio é um modelo simplificado, na forma de uma linha, que descreve o caminho percorrido pela luz entre duas superfícies. Para descrever a propagação de um feixe de luz através de um sistema, utilizamos um conjunto de raios, que se propagam utilizando o método do traçado de raios. Este método é suficiente para explicar fenómenos como a reflexão e a refracção da luz e é particularmente útil na descrição de sistemas e instrumentos ópticos, sendo válida desde que as dimensões dos objectos envolvidos sejam muito maiores que o comprimento de onda da luz visível (0,4 m a 0,7 m).
O comportamento dos raios obedece a algumas regras simples:
|
Reflexão, refracção e polarização
A eficiência com que um feixe luminoso é reflectido ou refractado numa fronteira entre dois meios de índices de refracção e depende, entre outros, do ângulo de incidência e da polarização da luz. A Fig. 2 mostra como varia a reflectividade de uma superfície de vidro em função do ângulo de incidência, para polarizações horizontal e vertical (admitindo que o plano de incidência e reflexão é horizontal). Para um ângulo específico, designado ângulo de Brewster e dado por , a componente horizontal da polarização não é reflectida, pelo que a luz reflectida fica com polarização vertical. Esta é uma forma de criar luz polarizada a partir de uma fonte não-polarizada. A figura ilustra também a geometria dos raios luminosos numa separação entre dois meios, no caso de incidência em ângulo de Brewster. Como se pode apreciar, nessa configuração o raio reflectido e o raio refractado fazem entre si um ângulo de 90.
Pode-se polarizar a luz emitida por uma fonte não-polarizada através de um simples filtro polarizador (ou polaroide). Orientando o ângulo do filtro relativamente à direcção dos raios luminosos, é possível definir a direcção de polarização (Fig. 3).
Construções geométricas em lentes delgadas
Uma das principais aplicações da óptica geométrica consiste no estudo da formação de imagens: dado um objecto numa dada posição, como desenhar um sistema óptico que permita transferir uma imagem desse objecto para uma posição diferente? É um problema que tem aplicações desde o olho humano até ao desenho de lentes e fibras ópticas.
Uma lente é um dos principais elementos usados em sistemas ópticos, e consiste tipicamente num sólido transparente com duas superfícies esféricas. Dependendo da curvatura destas superfícies, uma lente pode ser usada para aumentar ou diminuir o tamanho de um objecto, ou trazê-los objectos distantes para o ponto focal. As lentes são usadas por exemplo em óculos, câmaras, microscópios, telescópios e muitos outros sistemas de formação de imagem.
Um objecto iluminado uniformemente é considerado como uma fonte de raios, emitidos em todas as direcções. Podemos escolher um ponto no objecto e um conjunto adequado de raios, e traçar o seu percurso através do sistema até encontrar o correspondente ponto na imagem. Por convenção, desenha-se o sistema óptico em torno de um eixo, que coincide com o seu eixo geométrico, e os raios propagam-se da esquerda para a direita.
Aproximações
Utilizaremos as duas seguintes aproximações comuns, que facilitam grandemente os cálculos a efectuar (Fig. 4):
Lentes delgadas | Uma lente é considerada ‘’delgada’’ quando a sua espessura é desprezável face à sua distância focal . |
Aproximação paraxial | Admitimos que todos os raios envolvidos são paraxiais, isto é, (i) situam-se próximo do eixo óptico e (ii) o ângulo que fazem com esse eixo permite utilizar as aproximações e , tipicamente válidas para . |
Convenções
A Fig. 5 ilustra os principais parâmetros do traçado de raios através de uma lente simples.
- O objecto fica (por definição) do lado esquerdo da lente, a uma distância desta; caso o objecto esteja do lado direito, temos (que é o caso do objecto virtual abordado mais à frente)
- A imagem está do lado direito da lente, a uma distância desta; caso a imagem esteja do lado esquerdo, temos
- é a distância focal do lado do objecto, é a distância focal do lado da imagem. No caso de uma lente fina, ambas são iguais a , e marcam-se para auxiliar no traçado.
O raios ópticos que emergem de um dado objecto atravessam a lente e dão origem a uma imagem. A tabela em baixo descreve as propriedades dos dois tipos de imagens possíveis.
Imagens reais | Os raios de luz passam de facto na posição da imagem, isto é, raios que saem do plano do objecto convergem no plano da imagem
Podem ser projectadas num alvo |
Imagens virtuais | Os raios não passam na imagem, mas esta é visível através da lente
Não podem ser projectadas num alvo |
As imagens reais são, por exemplo, as criadas por um dispositivo de projecção. Um exemplo de imagem virtual é considerar a imagem de uma lâmpada brilhante: ao passar a mão pelo plano da imagem, se estar for real sente-se o calor, mas se for virtual parecerá apenas "flutuar" no espaço.
De seguida, vamos analisar a formação de imagens para lentes convergentes () e divergentes () em função da posição relativa do objecto e do foco da lente, e derivar relações úteis para lentes delgadas.
Objecto e imagem - focos conjugados e ampliação transversal
Considere de novo a Fig. 5. Cada ponto do objecto em tem um único ponto correspondente na imagem em . Isto implica que, caso colocássemos o objecto em , a imagem seria formada em . Chama-se a estas posições focos conjugados. Pela semelhança de triângulos, temos as seguintes relações entre as dimensões do objecto e da imagem:
Combinando a primeira e a última das expressões acima obtemos a equação dos focos conjugados:
Uma forma alternativa e muitas vezes conveniente de exprimir esta relação consiste em utilizar as distâncias do objecto e da imagem aos respectivos focos. Designando estas distâncias por e , tem-se e . Substituindo na expressão acima, obtém-se a chamada formulação de Newton para a equação dos focos conjugados:
Por outro lado, sendo e respectivamente as dimensões lineares transversais do objecto e da imagem, usamos a segunda das igualdades acima para definir a ‘’ampliação transversal’’ como:
A imagem é ‘’direita’’ se e ‘’invertida’’ se . Podemos usar estas duas equações para, dados e , determinar as seguintes expressões para a posição da imagem e a respectiva ampliação :
Lente convergente () - imagem real
Este caso verifica-se para , a imagem é real é pode ser projectada. A imagem é menor () que o objecto se ou maior () se . Um exemplo do primeiro caso é uma máquina fotográfica: a imagem é posicionada no sensor da câmara, e é (tipicamente) menor que o objecto fotografado. Verifica-se pois
Um exemplo do segundo caso é um projetor de cinema ou de imagem de computador: a imagem é posicionada num écran, e é maior que o objecto (película ou chip). Verifica-se pois
Lente convergente () - Imagem virtual}
Este caso verifica-se quando , por exemplo quando utilizamos uma lupa para ver objectos com um tamanho aumentado, e está esquematizada na Fig. . Dependendo da posição , verificam-se as seguintes relações
Repare-se que resulta (a imagem está do mesmo lado que o objecto) e pelo que a imagem é (i) virtual e (ii) direita, para um observador colocado à direita da lente.
[[file:[b]
Lente divergente ()
Considere-se a situação representada na Fig. , que mostra uma lente divergente () e um objecto (). Note-se que, no caso da lente divergente, os pontos e trocam de posição. Nesta configuração a imagem resultante é sempre virtual e direita com (imagem do mesmo lado do objeto), pois
Podemos verificar que a equação () se mantém válida neste caso, recorrendo à semelhança de triângulos:
Nestas expressões, que descrevem distâncias, foi necessário utilizar os valores em módulo de e de , que são ambos negativos. Fazendo agora as substituições e recupera-se a equação dos focos conjugados.
Objectos virtuais
Em determinadas situações, podemos lidar comobjectos virtuais (), isto é, os raios ópticos têm origem não num objecto sólido, mas num plano do espaço, e estamos interessados em estudar a sua propagação a partir desse plano e a formação da imagem correspondente. Um exemplo típico consiste em estudar a formação da imagem de uma imagem primária. Nestes casos, o objecto virtual é identificado a tracejado no diagrama de raios, como ilustrado nos exemplos em baixo.
Lente convergente
A Fig. representa um objecto virtual (, à direita da lente) e a correspondente imagem. A imagem resultante é real (, também à direita) e direita (), verificando-se
Lente divergente - Imagem virtual
A Fig. representa um objecto virtual (, à direita da lente) para uma lente divergente () e a correspondente imagem. Na situação da figura, o objecto está à direita do foco : . Verifica-se assim:
A imagem resultante é também virtual , à esquerda da lente) e invertida (), verificando-se as seguintes relações em função da distância:
Lente divergente - Imagem real
A Fig. representa um objecto virtual (, à direita da lente) para uma lente divergente () e a correspondente imagem. Na situação da figura, o objecto está à esquerda do foco : . Verifica-se assim:
A imagem resultante é agora real (, à direita da lente) e direita (), verificando-se as seguintes relações em função da distância:
Associação de lentes delgadas
Para duas lentes delgadas de distâncias focais e afastadas de (para ) pode calcular-se a distância focal equivalente do conjunto através de:
A dificuldade na determinação da distância focal equivalente é a medição das distâncias e (que são diferentes das distância do objecto e da imagem às superfícies das lentes ou aos seus planos médios).
Uma abordagem preferível consiste em usar a equação () separadamente para cada uma das lentes, e considerar que a primeira imagem (real ou virtual) irá constituir-se como o objecto para a segunda lente. Neste caso, as regras descritas acima para o traçado de raios de lentes individuais aplicam-se consecutivamente:
- A partir da posição do objecto e do tipo da primeira lente , determina-se a posição da imagem intermédia
- A partir da posição da imagem intermédia (agora tomada como objecto da segunda lente) e do tipo da segunda lente , determina-se a posição da imagem final
Vamos aplicar este método para várias combinações de lentes convergentes e divergentes.
Lente convergente - lente convergente
A Fig. representa duas lentes convergentes, e , de distâncias focais e respectivamente, separadas de uma distância . O objecto (real) situa-se à esquerda de , e tem uma imagem por intermédio de . Esta imagem constitui-se como objecto virtual para , resultando no final a imagem \(AB\). Esta é a montagem mais simples de um telescópio, a partir do qual se podem obter grandes ampliações.
Apliquemos as equações de lentes individuais para cada caso:
Estas três expressões permitem calcular o valor de uma das incógnitas, conhecidos os valores das outras. Por exemplo, uma aplicação comum desta montagem consiste em determinar o valor de uma distância focal desconhecida , conhecidos os valores de , , e .
As mesmas expressões aplicam-se para o caso de uma imagem obtida por uma lente que passa a ser um “objecto” virtual para , isto é, em que , situação ilustrada na Fig. .
Lente convergente - lente divergente
O outro sistema de lente dupla de interesse é o caso em que temos uma lente convergente e uma divergente separadas de , ilustrado na Fig. , em que é convergente e é divergente. A lente produz uma imagem intermédia real e invertida, que é o objecto (real) de . Uma vez que a segunda lente é divergente, a sua imagem (a imagem final) é sempre virtual e invertida.
A Fig. ilustra a situação em que está numa posição à direita de : é uma imagem real (de ) mas um objecto virtual (de ), já que . A imagem resultante é real e invertida.
Por fim, se nesta montagem permutarmos e (Fig. ), obtém-se também uma imagem real , desde que a distância seja idêntica. Em qualquer destas situações, pode sempre calcular-se usando o conjunto das três equações ().
Instrumentos ópticos
Um instrumento óptico é um dispositivo baseado nos princípios da óptica cujo objectivo é auxiliar a visão humana. Nestes sistemas, designamos por objectiva a lente que está do lado do objeto AB e por ocular aquela que está do lado do observador, com distâncias focais e respetivamente. Em ambos os casos, a ocular está próxima da imagem intermédia A'B' formada pela objectiva. Sendo a distância inferior à distância focal , a imagem final será virtual, ou seja, visível apenas através da lente. Assim, o papel da ocular consiste em ampliar a imagem intermédia, tal como uma lupa amplia um objeto.
O olho humano
Vamos primeiro abordar a fisiologia do olho humano (Fig. ) para compreender as suas limitações. Este pode ser considerado como um sistema óptico que projecta imagens (reais) dos objectos exteriores na retina, através de duas lentes convergentes: a córnea e o cristalino. Para o nosso estudo, vamos considerar que estas lentes são substituídas por um sistema equivalente constituído por uma única lente, com o máximo de distância focal igual a 2,5 cm, que é a média da distância entre a córnea e a retina. A potência em dioptrias (dt) desta lente equivalente é dada por:
Para uma pessoa com visão normal ou munida de correção adequada (óculos graduados ou lentes de contacto), os raios ópticos provenientes de um objecto no infinito[1] chegam paralelos ao olho e são focados na retina sem necessidade de esforço, ou seja, com o olho relaxado (Fig. à esq.). À medida que o objecto se aproxima do olho, é necessário os músculos ciliares aumentarem a curvatura da lente para criar uma imagem focada na retina - a isto chama-se acomodação do olho. O ponto mais próximo do olho para o qual a lente ainda consegue focar a imagem na retina é designado por ponto próximo (Fig. à dir.) e considera-se igual a 0,25 m para uma visão normal padrão, valor que tem tendência a aumentar com a idade.
O tamanho aparente dum objecto é determinado pelo tamanho que a imagem apresenta na retina. Mesmo sem variar o tamanho real do objecto, este pode ser visto maior se o aproximarmos do olho, porque o tamanho da sua imagem na retina é maior. A avaliação do tamanho da imagem na retina pode ser feita através da medição do ângulo , que corresponde à inclinação dos raios principais do extremo da imagem (Fig. ).
Considere-se um objecto com altura a uma distância do olho. Para o objeto podemos escrever . Para a imagem na retina, de altura , vem (2,5 cm). Na aproximação paraxial, ou seja de ângulos pequenos, podemos usar , e assim (2,5 cm). Desta relação conclui-se que é proporcional a , tamanho do objecto, e inversamente proporcional à distância entre o objecto e o olho.
O princípio dos instrumentos ópticos consiste no aumento do tamanho da imagem na retina, , permitindo assim visualizar objectos muito pequenos ou afastados. Do exposto acima, podemos concluir que a sua operação baseia-se na criação de uma imagem (real ou virtual) com um tamanho aparente maior que e/ou a uma distância aparente inferior a . Em qualquer dos casos, a imagem final produzida deverá estar situada além do ponto próximo, caso contrário não conseguirá ser focada.
Lupa
A lupa simples é o instrumento óptico mais elementar. Consiste numa só lente convergente e permite aumentar o tamanho aparente do objecto, ou seja, o tamanho da imagem na retina. Sabendo que a maior imagem que se pode obter dum objecto com o olho desarmado é quando o objecto está no ponto próximo (Fig. ), e dado que , tamanho da imagem na retina, é proporcional ao ângulo definido entre a altura do objecto e a sua distância ao olho, pode-se escrever a relação
Na visão auxiliada pela lupa, esta é colocada perto do olho, e o objecto colocado a uma distância inferior ao foco. A imagem produzida pela lupa é virtual, ampliada e direita.
Ampliação angular
A ampliação angular dum instrumento óptico é determinada pela razão entre , dimensão da imagem na retina quando o objecto é visto através do instrumento (Fig. ), e , dimensão da imagem na retina quando vista pelo olho desarmado e o objecto no ponto próximo. A razão entre os respectivos ângulos permite esse cálculo, isto é
Tirando partido da aproximação paraxial, temos e , portanto pode-se escrever a ampliação angular como:
onde na última igualdade se recorreu à equação dos focos conjugados. Como a distância à imagem é negativa, , obtém-se por fim
Da análise desta expressão pode-se dizer que a ampliação diminui se ou aumentam. Existem três casos particulares de ampliação:
- Se , em que é a potência da lupa em dioptrias.
- Se . Se e também m (valor mínimo para , uma vez que a imagem também deve poder ser focada correctamente pelo olho), então obtém-se para o valor máximo, igual a . Este caso corresponde a ter a lupa "encostada" ao olho, e a imagem aumentada surge à distância do ponto próximo.
- Se o objecto é colocado no foco (), então a lupa forma a sua imagem no infinito e a ampliação é
. Neste caso, o olho recebe raios paralelos e não necessita de fazer acomodação, o que é mais cómodo, e a ampliação apenas se reduz de uma unidade relativamente ao caso 2.
Exemplo: uma lente com dioptrias tem uma distância focal cm, e para tem uma ampliação de 2,5 vezes.
Microscópio composto
O microscópio é o instrumento óptico empregado para observar objectos pequenos, colocados muito próximos do instrumento. Na sua forma mais simples, consiste em duas lentes convergentes. A lente mais próxima do objecto (objectiva) tem uma distância focal , menor que a distância focal da lente mais perto do olho (ocular) (Fig. ).
Um objecto de altura é colocado, em relação à objectiva, mais afastado do que o foco desta, produzindo uma imagem de tamanho que é real, invertida e maior que o objecto. A objectiva produz assim uma imagem com ampliação transversal linear ,[2] dada por:
O sinal negativo indica que a imagem é invertida e, uma vez que é real, a imagem pode ser projectada sobre um alvo para se medir o seu tamanho.
A lente ocular é usada para aumentar a imagem formada pela lente objectiva. Assim, a ocular é colocada de modo a que a imagem produzida pela objectiva (agora objecto virtual da segunda lente) venha localizar-se a uma distância ligeiramente inferior ao seu foco . Nesta condição, a ocular actua como uma simples lupa, que permite trazer o objecto para uma distância mais curta do que o ponto próximo (0,25 m), e produz a imagem . A ampliação final é dada pelo produto da ampliação transversal para a lente objectiva e a ampliação angular obtida para a lente ocular. No caso da lente ocular estar encostada ao olho, como é habitual num microscópio, estamos no caso e, das expressões anteriores para a ampliação linear e angular, obtemos
Material
Caixa de óptica equipada com
- calha graduada
- fonte luminosa com lâmpada de incandescência linear
- lentes convergentes e divergente
- semi-cilindro de vidro acrílico
- diafragmas
- polaroides
- suportes
Trabalho preparatório
- Preencha os objectivos do trabalho que irá realizar na sessão de laboratório.
- Preencha o quadro com as equações necessárias para o cálculo das grandezas, bem como as suas incertezas.
Determinação do índice de refracção dum vidro acrílico
Alinhamento
- Monte a fonte luminosa numa das extremidades da calha graduada e ligue a lâmpada.
- Utilizando uma lente, obtenha um feixe de luz branca de raios paralelos. De que tipo de lente necessita?
- Com os diafragmas, obtenha um feixe de luz estreito (1 mm), alinhado com o eixo da calha graduada. Verifique que a espessura do feixe de luz se mantém tão constante quanto possível ao longo de toda a calha.
Face plana
\setcounter{enumi}{3}
- Monte o suporte com o círculo graduado e o semi-cilindro de vidro acrílico centrado, de modo a que o feixe de luz branca incida na sua superfície plana. Observe e obtenha os ângulos de reflexão e de transmissão para vários valores dos ângulos do feixe incidente, à esquerda e à direita. Registe medições para, pelo menos, nove valores diferentes do ângulo de incidência.
- Represente as medições num gráfico e, a partir deste, determine por ajuste o índice de refracção do vidro acrílico. Anexe o gráfico ao relatório.
Face cilíndrica
\setcounter{enumi}{5}
- Rode o círculo graduado de modo a que o feixe de luz incida na superfície cilíndrica do vidro acrílico. Repita as medidas e a análise dos resultados.
Ângulo-limite
\setcounter{enumi}{6}
- Estime o valor do índice de refracção a partir do ângulo limite de reflexão total.
- Para o desvio à exatidão, considere exato o valor médio das medições anteriores.
- Nas suas conclusões, compare os valores obtidos para e a sua precisão
Polarização da luz. Ângulo de Brewster
- Observe o efeito de interposição de dois filtros polarizadores, paralelos ou cruzados, no percurso de um feixe luminoso.
- Usando a mesma montagem do ponto anterior, polarize o feixe paralelamente ao plano de incidência, orientando o eixo do filtro polarizador na vertical.
- A partir do valor médio obtido para o índice de refracção (o que usou na secção anterior), calcule o valor "teórico" do ângulo de Brewster e verifique experimentalmente que, para esse valor, os raios reflectido e transmitido fazem 90$^\circ\) entre si.
- Para ângulos de incidência próximos do ângulo de Brewster, obtenha o intervalo angular em que praticamente se extingue o feixe reflectido.
Distância focal de uma lente convergente ( 75 mm)
# Obtenha um feixe de luz branca de raios paralelos, usando a lente colimadora.
- Seleccione a lente de distância focal mais curta e determine o seu valor pelo método directo. Repita a experiência duas vezes, colocando a lente
noutra posição relativamente à lente de raios paralelos.
- Retire a lente colimadora e coloque o objecto com mira no suporte da calha, iluminando-o directamente com a fonte luminosa. Coloque a mesma lente convergente a uma distância 150 mm 75 mm do objeto.
- Com o écran plano, procure a posição correcta para obter uma imagem focada.
Utilizando a equação dos focos conjugados, calcule de novo a d.f. da lente.
- Na folha quadriculada em anexo, desenhe um diagrama com o eixo óptico, o objecto e a lente convergente. Utilizando as aproximações paraxial e das lentes delgadas, desenhe a construção geométrica e obtenha a posição da imagem e a respectiva ampliação.
- Medindo agora a imagem, determine a ampliação linear. Compare-a com a que podia calcular pelas distância e .
- Repita a experiência, colocando a lente noutra posição relativamente ao objecto.
- Compare o valor da distância focal com o obtido em (1) e estime a precisão envolvida em
cada um dos métodos que utilizou.
== Distância focal de uma lente divergente ( -150 mm) }
- Associe no mesmo suporte a lente divergente com uma convergente (75 mm), de forma a que o
par se comporte como um sistema convergente (com mm). Escolha uma distância ao objecto adequada e utilize esta montagem para determinar a distância focal da lente divergente.
- Repita a montagem para uma diferente distância ao objecto.
Microscópio composto
Material
- Lente objectiva = 75 mm e lente ocular = 150 mm
Medição da ampliação angular da ocular
- Monte um ecrã graduado (E1) na parte lateral exterior de um suporte a cm da extremidade da calha, de modo a ficar no ponto próximo do observador. Este ecrã será a escala de referência, desempenhando o mesmo papel que a escala na parede, no caso do telescópio.
- Monte a lente ocular junto à mesma extremidade da calha, de modo a obter a condição (verifique a Fig. ). Calcule qual a distância dessa lente a que deverá colocar um objecto (altura ) de modo a que a sua imagem surja no ponto próximo. Use o valor obtido para determinar a ampliação angular (calculada).
- Coloque outro ecrã graduado (E2) entre a lente e E1, próximo da posição calculada acima, de modo a conseguir visualizar simultaneamente (a) a escala de E2 através da lente, com o olho esquerdo, e (b) a escala de E1 com o olho direito.
- Ajuste a posição de E2 até conseguir focar simultaneamente as imagens em ambos os olhos. Sobrepondo visualmente as duas escalas graduadas, meça o tamanho aparente da imagem (virtual) de E2 e determine a ampliação angular da lente, usando a expressão adequada para esta configuração (ver Fig. )
% # Na folha quadriculada em anexo desenhe um diagrama de traçado de raios, com o objecto a uma distância do foco igual . Obtenha a posição da imagem intermédia e da imagem final.
Medição da ampliação linear da objectiva
\begin{enumerate}[resume]
- Mantendo a ocular montada e usando como referência a Fig. , junte uma objectiva e um objecto (um écran graduado iluminado). Escolha uma altura adequada.
- Se necessário, ajuste a objectiva para observar uma imagem focada através da ocular.
- Com um ecrã auxiliar, observe a imagem intermédia e meça a sua ampliação.
- Calcule a ampliação final do microscópio composto.